terça-feira, 6 de julho de 2010

UM RECADO MAL DADO

Durante a década de 70, numa das escolas do subúrbio do Rio de Janeiro, uma professora da antiga 4ª série solicitou que uma de suas alunas fosse portadora de um recado para a vice- diretora . A aluna toda garbosa desceu a escada para desempenhar tão nobre missão, que em seu entender, era de grande responsabilidade. Porém diante da grande autoridade escolar, a aluna não conseguiu pronunciar uma única palavra. A vice- diretora a observou e com um muito obrigada dispensou-a solicitando-a que levasse um bilhete para a professora.
Na semana seguinte, deu-se o período de recreação escolar, nenhum aluno faltava. A professora desenvolveu várias atividades como”telefone sem fio”, “o que tem dentro do saco”, “onde estou vendo a cor”, “que música é esta”, “braço direito braço e braço
esquerdo” e o “jogo de mímica”.
Na visão dos alunos era dia de brincadeiras, porém para professora era mais um dia de análise e de praxis pedagógica. Segundo alguns neurologista, as atividades
desenvolvida pela professora estava sanando uma das dificuldades de aprendizagem, muito co- mum entre os alunos da séries iniciais, conhecida como disfasia, isto é disturbios da fala ou dificuldade em se colocar as idéias em forma oral - desordem expressiva. Ou mesmo dificuldade em perceber o que as outras pessoas dizem transtorno receptivo.
Uma das causas mais possíveis da disfasia segundo os mesmos, seria o defeito na estrutura do cérebro, o abuso de drogas, a má nutrição, a herança genética, a falta de envolvimento com os pais na fase de desenvolvimento do bebê, a falta de comunicação entre as várias partes do cérebro e principalmente os problemas no uso dos
neurotransmissores, por parte do cérebro.
A professora ao desenvolver as atividades, que segundo as crianças seria uma
brincadeira, estava organizando um esquema de investigação da disfasia, representada pela dominância da mão direita e da esquerda, de um problema de audição, da identificação da natureza de um objeto, de poder repetir palavras faladas ao ouvido e de entender o siginificado dos gestos. Pois um dos transtorno da disfasia, está na afasia motora ou de expressão, quando o indivíduo perde totalmente a capacidade de falar, isto é, limita-se ao sim e ao não em resposta as indagações que sejam dirigidas. No entanto, ele entende todas as palavras e obedece. Outro instante da afasia motora, o indivíduo ao pronunciar alguma palavra titubeia ou fala atropelando as palavras ou intercala com longas pausas.
É importante salientar que a disfasia pode ser caracterizada como qualquer transtorno incluido os mais discreto, do uso simbólico das palavras e que quanto mais dificuldade um indivíduo possui de se expressar, mais necessidade ele terá de desenvolver sua capacidade de auscutar. Cabe ao professor a tarefa de fazer ajuste na sala de aula, selecionando atividades que atendam essa dificuldade, atribuindo lugares especiais modificando os procedimentos de avaliação.


Fontes bibliografica: Página de Paulo Cesart Tevisol Bittencourt. Considerações Práticas sobre a Disfasia.
Disponível em: http://www.neurologia.ufsc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=37:disfasias&catid=3:artigos&Itemid=10. Acessado em: 29/06/20010





Lais Silva
Profª de História
Terra Nova do Norte – MT 02 de Julho de 2010

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