segunda-feira, 19 de julho de 2010

Reforma da Escola Norberto Schwantes!



A Escola Estadual Norberto Schwantes está em reforma em toda estrutura física.
Aproveitando o período de férias dos alunos e professores a escola está passando por uma reforma geral em sua pintura e sua nova cor será: vermelho e amarelo, o que deixará a escola de "cara nova" para a volta ás aulas no dia 02 de agosto.  

terça-feira, 6 de julho de 2010

UM RECADO MAL DADO

Durante a década de 70, numa das escolas do subúrbio do Rio de Janeiro, uma professora da antiga 4ª série solicitou que uma de suas alunas fosse portadora de um recado para a vice- diretora . A aluna toda garbosa desceu a escada para desempenhar tão nobre missão, que em seu entender, era de grande responsabilidade. Porém diante da grande autoridade escolar, a aluna não conseguiu pronunciar uma única palavra. A vice- diretora a observou e com um muito obrigada dispensou-a solicitando-a que levasse um bilhete para a professora.
Na semana seguinte, deu-se o período de recreação escolar, nenhum aluno faltava. A professora desenvolveu várias atividades como”telefone sem fio”, “o que tem dentro do saco”, “onde estou vendo a cor”, “que música é esta”, “braço direito braço e braço
esquerdo” e o “jogo de mímica”.
Na visão dos alunos era dia de brincadeiras, porém para professora era mais um dia de análise e de praxis pedagógica. Segundo alguns neurologista, as atividades
desenvolvida pela professora estava sanando uma das dificuldades de aprendizagem, muito co- mum entre os alunos da séries iniciais, conhecida como disfasia, isto é disturbios da fala ou dificuldade em se colocar as idéias em forma oral - desordem expressiva. Ou mesmo dificuldade em perceber o que as outras pessoas dizem transtorno receptivo.
Uma das causas mais possíveis da disfasia segundo os mesmos, seria o defeito na estrutura do cérebro, o abuso de drogas, a má nutrição, a herança genética, a falta de envolvimento com os pais na fase de desenvolvimento do bebê, a falta de comunicação entre as várias partes do cérebro e principalmente os problemas no uso dos
neurotransmissores, por parte do cérebro.
A professora ao desenvolver as atividades, que segundo as crianças seria uma
brincadeira, estava organizando um esquema de investigação da disfasia, representada pela dominância da mão direita e da esquerda, de um problema de audição, da identificação da natureza de um objeto, de poder repetir palavras faladas ao ouvido e de entender o siginificado dos gestos. Pois um dos transtorno da disfasia, está na afasia motora ou de expressão, quando o indivíduo perde totalmente a capacidade de falar, isto é, limita-se ao sim e ao não em resposta as indagações que sejam dirigidas. No entanto, ele entende todas as palavras e obedece. Outro instante da afasia motora, o indivíduo ao pronunciar alguma palavra titubeia ou fala atropelando as palavras ou intercala com longas pausas.
É importante salientar que a disfasia pode ser caracterizada como qualquer transtorno incluido os mais discreto, do uso simbólico das palavras e que quanto mais dificuldade um indivíduo possui de se expressar, mais necessidade ele terá de desenvolver sua capacidade de auscutar. Cabe ao professor a tarefa de fazer ajuste na sala de aula, selecionando atividades que atendam essa dificuldade, atribuindo lugares especiais modificando os procedimentos de avaliação.


Fontes bibliografica: Página de Paulo Cesart Tevisol Bittencourt. Considerações Práticas sobre a Disfasia.
Disponível em: http://www.neurologia.ufsc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=37:disfasias&catid=3:artigos&Itemid=10. Acessado em: 29/06/20010





Lais Silva
Profª de História
Terra Nova do Norte – MT 02 de Julho de 2010

Artigo: A indisciplina na sala de aula


Terra Nova do Norte - MT
Autoras: Professora Dirlete A. Franceschi
Professora Elizangela Pereira Martins

Artigo: A indisciplina na sala de aula
Resumo
O problema da indisciplina em sala de aula em todas as escolas têm sido sem dúvida, uma das maiores preocupações existentes entre os educadores em todo o Brasil. Pesquisas pedagógicas têm demonstrado o quanto se perde tempo em sala de aula com questões de disciplina. O mais importante é descobrir onde e como o problema se manifesta, para então, se encontrar soluções e tentar amenizar o quanto antes a situação. Assim, o objetivo deste trabalho é, buscar fundamentação teórica sobre alguns fatores que são responsáveis pela indisciplina em sala de aula de ensino fundamental. Para que possamos ver a importância de se conhecer os alunos, a fim de identificar os problemas que causam a indisciplina e de saber demonstrar autonomia e segurança, a fim de criar meios para que aconteça a interação em classe, com intermédio de atividades que sejam prazerosas e que contribuam para identificação desses problemas indisciplinares que vem afetando a escola, família, a comunidade e a sociedade.

Palavras chave: indisciplina, prática pedagógica, valores, família.
Abstrat
The problem of indiscipline in the classroom in all schools have been without doubt one of the biggest concerns between educators everywhere. Pedagogical studies have shown how much time is wasted in the classroom with discipline issues. The most important thing is to find out where and how the problem manifests itself and then, finding solutions and trying to soothe the situation as soon as possible. The objective of this work is to get theoretical about the factors that are responsible for indiscipline in the classroom of elementary school. So we can see the importance of knowing the students in order to identify problems that cause indiscipline and demonstrate knowledge of autonomy and security in order to create means for the interaction that happens in class, through activities that are enjoyable and contribute to identifying these problems indiscipline that has affected the school, family, community and society.

Keywords: indiscipline, pedagogical practices, values, family.


A indisciplina na sala de aula

Nos últimos tempos, a indisciplina escolar vem inquietando educadores de todo o país, tornando-se para as instituições de ensino, um enorme desafio permeado de complexidades.
Na realidade em que convivemos a herança secular que a humanidade desenvolveu do individualismo, no qual interesses particulares sobrepõem-se aos coletivos, os interesses de dominação sobrepõem-se aos de emancipação humana, a escola tornou-se o pivô da indisciplina, mas que fatores mais estão envolvidos nesta questão tão complexa que é tratada de forma tão simplória e assistêmica?
E o que vem a ser especificadamente indisciplina?
A falta de limites, o desrespeito aos direitos dos outros, incompreensão das regras de convivência a falta de solidariedade, atitudes que não combinam com atividades em grupo, e propriamente a educação formal.
Para Vasconcelos (1993) a causa dessa indisciplina não é somente o que foi citado acima, ele diz que a indisciplina pode ser classificada em cinco grandes níveis: Sociedade, Família, Escola, Professor e Aluno.
A indisciplina do aluno na escola é resultante de muitos fatores e influências que recaem sobre a criança, ao longo do seu desenvolvimento, na família e no meio social. Desse modo, a indisciplina dos educando não é alheia à escola e a família, que são as instituições responsáveis pela educação e sua formação.
Para Aquino (2003), é impossível negar a importância e o impacto que a educação familiar tem sobre o indivíduo. No entanto, seu poder não é absoluto e irrestrito. Neste sentido é preciso adaptar a estrutura familiar às novas circunstâncias e transformar determinadas normas, sem deixar de constituir um modelo de referencial familiar.
Para Pires (1999), A família e a escola mudaram de modo significante nos últimos tempos. Para o autor, a família antes era cúmplice da escola, mas infelizmente hoje, tem depositado suas funções e delegado suas responsabilidades à ela, e mesmo assim tem criticado, assim os alunos vêm a escola com os menos limites trabalhados e conquistados pela família.
Perante essa situação ver-se-a uma necessidade de reorganização da família, com base em atitudes e em valores morais e sociais, pois ela é o primeiro contexto de socialização que exerce enorme influência no comportamento das crianças.
Buscaglia (1993) diz que “a família é definida como um sistema social pequeno e interdependente, dentro do qual podem ser encontrados subsistemas ainda menores, dependendo do tamanho da família e das definições de papéis”.
Havendo a preocupação, com a falta de disciplina em sala de aula, as influências externas para com a conduta do aluno dentro da sua organização formal, busca-se encontrar meios para diminuir os crescentes índices de conflito no ambiente escolar.
Nas principais indisciplinas vêm à mente as idéias de limites (frustração, interdição, proibição), objetos concretos (finalidades, sentido com limite colocado). A crise da indisciplina escolar esta associada juntamente à crise de objetivos e limites vivenciados, onde o aluno traz para a aula os valores e atitudes que foi aprendendo, onde pode ser um reflexo da ausência de condições para uma adequada educação familiar.
A indisciplina do aluno na escola é resultante dos elementos psíquicos inseridos no ego; é caracterizada pela personalidade e eliminada pelas experiências na família, nas relações sociais e no contexto histórico de sua vida.
Esses problemas podem ser extrínsecos à aula, tais como: problemas familiares, inserção social ou escolar, excessiva proteção dos pais, carências sociais e forte influência de ídolos violentos e afetivos. Outro fator importante é a questão da disciplina muitas vezes, não ser exigida dentro em determinadas famílias. O comportamento de alguns pais muitas das vezes tem deixado a desejar na educação dos filhos, que por sua vez acabam por tornar rebeldes, chegando a ter atropelos entre os amigos na escola.
Um comportamento indisciplinado é qualquer ato ou omissão que contraria alguns princípios do regulamento interno, ou regras básicas estabelecidas pela escola, pelo professor ou comunidade. Porém esse fato não é suficiente para se dizer que alunos que possuem esse comportamento indisciplinar, não terá sucesso na vida.
A própria constituição física ou intelectual do aluno pode provocar comportamentos indisciplinados. A imaturidade, a desatenção, a incapacidade de fixação, o baixo rendimento, repressões a incapacidade nos sistemas de distúrbios mais profundos (quer fisiológicos, quer emocionais).
Segundo AQUINO (1996) há cinco regras éticas no trabalho do docente. A primeira é que o professor não é responsável pela solução de todos os problemas de indisciplina em sala de aula, mas de haver uma tentativa em buscar caminhos, para tentar diminuir o fato.
A segundo regra é a ética, refere-se a dês-idealização do perfil de aluno. Ou seja, abandonemos a imagem do aluno ideal, de como ele deveria ser, quais hábitos deveria ter, e conjuguemos nosso material humano e concreto.
A terceira regra implica a facilidade ao contato pedagógico. É obrigatório que não abramos mão sob hipótese alguma, do que escapa de nossa ação, do objeto de nosso trabalho, que é apenas um: o conhecimento.
É importante que tenhamos clareza de nossa tarefa em sala de aula para que o aluno possa ter clareza também da parte dele.
A quarta regra é a experimentação de novas estratégias de trabalho, precisamos tomar o nosso oficio como um campo privilegiado de aprendizagem, de investigação de novas possibilidades de atuação profissional.
A ultima regra, ainda segundo AQUINO (1996), é a ética, e com qual encerramos nosso percurso, á idéia de que dois são valores básicos que subdividi nossa ação em sala de aula: a competência e o prazer.
Assim, no momento que a indisciplina interioriza para a sala de aula, são muitos fatores que a mesma gera: o desinteresse do aluno, inquietação, incapacidade de prestar atenção, que na maioria das vezes impedem as crianças de aprender.
Quando as famílias acompanham o seu filho de perto os resultados de ensino e aprendizagem, tem resultados positivos, diante de tal postura à criança se encontra mais motivada em estudar e pesquisar algo que lhe interesse.
Entende-se, então que o problema da indisciplina é tarefa de todos: sociedade, família, escola, professor e aluno. Porém não podemos ser ingênuos, pois embora a tarefa seja de todos nem sempre isto acontece, temos visto, nem todos estão interessados em resolver o problema. Uma das atitudes a serem tomadas é tentarmos fazer apenas nossa parte, somados com os aliados da luta e vamos, ao mesmo tempo, cobrando que outro faça a parte dele.
Todavia, vivendo esse processo de mudança, e que cada segmento assuma suas responsabilidades especificas, é evidentemente diferente e exija que outros também assumam suas respectivas responsabilidades, enquanto todos se comprometam com a mudança das estruturas que estão por trás desse problema que vem sendo pauta de tanta discussão, e vem tirando o sono de muitos profissionais da educação.
È por essas e outras que nós quanto educadores que somos devemos encontrar em nossa ação pedagógica o resgate e o prazer dos valores familiares, sociais, humanos de interação com o outro, como o crescer individual e coletivo. Encontrando assim o verdadeiro caminho do aprender transformador.
Assim, para finalizar esse tema tão complicado, percebemos que a família deve ser um dos núcleos fundamentais na formação dos seres para o convívio social e tem um papel que só a ela cabe: que é introduzir as primeiras lições de cidadania e de respeito ao próximo, além de demonstrar exemplos de condutas adequadas.
São esses valores éticos anteriores à etapa de escolarização da criança, que permitirão que ela se torne capaz de conviver harmonicamente com outras pessoas, obedecendo aos próprios princípios da responsabilidade, solidariedade, reconhecimento dos direitos dos outros e compreensão de regras comuns. Se a família não fornece esses valores, fica a cargo da escola, mas especificamente do professor, assumir tal responsabilidade.
Problemas familiares de fato influenciam no comportamento do aluno em sala de aula, e em muitos casos os próprios pais são os responsáveis, por darem à estes alunos excessiva proteção, existem fatos também relacionados carências sociais; influências recebidas de pessoas erradas; desmotivação dos alunos para todas as matérias postas em sala de aula; envolvimento com drogas; métodos de ensino tradicionais fixação, agressividade, desafio a autoridade do professor e falta de capacidade de alguns professores controlarem a turma.
È por isso que a família e escola não podem andar separadamente, nem  pouco  trabalharem com objetivos contrários, se cada parte dentro de suas possibilidades e limitações, teremos alunos cada dia mais disciplinado. Entra aí os pais pela família e os professores defendendo as escolas e sua profissão.


Referências:

Aquino, J. G. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2003.

______. Indisciplina na Escola: alternativas teóricas e práticas. 2. ed. São Paulo: Sammuns, 1996.

BUSCAGLIA, L. Vivendo, amando e aprendendo. 15. ed. Rio de Janeiro: Record, 1993.

PIRES, Dorotéia Baduy. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. Educação & Sociedade, ano XX, nº 66, Abril/99.

Revista gestão em rede. Maio 2004 n° 53.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1993.